Maria Flavia

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Quem é você nesse novo tempo?

E cá estamos, no nosso segundo encontro, em busca de respostas à novos e velhos problemas humanos. Nesse mês, queria abrir uma reflexão sobre quem é você ou ainda, quem você quer ser nesse novo tempo (quase) pós-pandêmico. Quero saber sobre o seu hoje: Quais são as suas perguntas? Quais são os seus vazios?

Infelizmente, por quase dois anos, os espaços estiveram vazios e, na minha opinião, as pessoas também. Ficamos em casa, mas fora de nós mesmos. Nesse período, queria ter respostas para tantas perguntas sobre como preencheríamos nossos vazios. E o que encontrava era falta de argumento e ânimo e, da mesma forma, com incoerência e humanidade, me sobravam esperança e alento. Foi nesse momento que desejei um novo mundo, que poderia ser feito pelos vazios que precisávamos preencher, primeiro dentro de nós e, aos poucos, junto de outros vazios, poderíamos formar outra história, outra cidade, outro país, outro mundo. Até porque, as cidades – suas ruas, comércios e casas – só são formadas porque, mais que pessoas, têm histórias – tristes, trágicas, românticas, alegres. Todas, de maneira comum, têm trechos de afeto. De afeição. De troca.

Então, passado o isolamento e o pior do momento pandêmico, penso que para que realmente haja um novo mundo e novas histórias, é preciso que nós nos perguntemos sobre o que nos afeta: ainda é uma crítica? Uma roupa? Um cargo? Mais dinheiro? A liberdade? Um pedaço de bolo ou uma xícara de café? É preciso ainda que nos questionemos, a quem oferecemos afeto? Como oferecemos esse afeto? E aí sim, quem sabe, a partir dessas perguntas poderão vir respostas e, com elas, um mundo repleto de querença e partilha.

Te convido, inclusive, a criar espaços de discussões – na sua equipe de trabalho, na sua família, com amigos – para que você converse sobre o mundo que precisamos ter. Fale sobre desejos ou sonhos possíveis e invista em um cotidiano no qual nos afetemos pelas pequenas revoluções que fazemos e as que vemos as outras pessoas fazerem. Sem muito heroísmo, sabe?

Afinal, num mundo de tanto individualismo, o revolucionário do cotidiano, será aquele que terá consciência sobre a maneira como consome, como vive, como usa o transporte, os espaços sociais, como lida com as pessoas e seu trabalho, a que cuida e respeita.

Então, se afete, ofereça afeto e revolucione!

Artigo publicado na Revista da CNT – Confederação Nacional do Transporte

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