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Novos abraços para um novo tempo

Essa será a primeira, de algumas colunas que escreverei aqui para que possamos, juntos, encontrarmos respostas à novos e velhos problemas humanos. Então, para começar, queria que você me dissesse se realmente sabe o que está acontecendo à sua volta: na sua rua, na sua cidade, na sua empresa, no nosso mundo? Para exercitar sua percepção, queria te contar sobre alguns números complexos pois, mesmo diante de um crescimento econômico e tecnológico, perdura no mundo a desigualdade, o que faz com que debates acerca da pobreza e das formas de promoção do desenvolvimento ambiental continuem sendo muito relevantes.

Imagine que, dos mais de 7 bilhões de habitantes da terra, 760 milhões vive abaixo da linha da pobreza (Banco Mundial, 2020). Na América Latina são 78 milhões de pessoas passando fome (Cepal, 2020) e, no Brasil, segundo registros do CadÚnico, em 2021, havia no país 14,5 milhões de pessoas miseráveis, ou seja, com uma renda mensal per capita inferior a R$ 145,00 ou U$S 1,9 por dia. Esse critério de classificação da miséria ou extrema pobreza é adotado pelo Banco Mundial. De acordo com a OMS, Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Com a pandemia, trabalhadores adoeceram mais emocionalmente. A ponto de incluir a Síndrome de Burnout no capítulo de problemas associados ao emprego ou ao desemprego na Organização Mundial da Saúde.

Dessa maneira, o desafio de todos nós é pensar em um desenvolvimento econômico que possa reedificar a relação entre sociedade, natureza, economia e ética – repensando nosso comportamento e nossos processos em um novo ciclo, feito por meio de parcerias entre governos, sociedade e empresas que busquem outra dimensão, pautada muito mais em acesso social, político e humano do que somente em aumento da renda que, nessa perspectiva, deverá ser vista como meio e não como fim. E há avanços nos processos de crescimento e de desenvolvimento socioeconômico e ambiental, como também de desenvolvimento sustentável em empresas. Então, meu convite é para que possamos desaprender e deixar para trás velhos conceitos e buscar aprender (a conviver) e a desenvolver, de outra maneira, o mundo em que vivemos. Podemos reconhecer a dimensão social na economia e, quem sabe, reconstruir nossa sociedade pós-crise. Temos a possibilidade real de refazer à nossa maneira, outro pensar e outro agir socialmente. Temos a possibilidade real de recomeçar ou reaprender a nossa economia e a nossa gestão, inclusive do tempo e, o mais importante, a nossa convivência.

Artigo publicado na Revista da CNT – Confederação Nacional do Transporte

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